NÓS

Chapter 14: Capítulo 13



Chapter 14: Capítulo 13

— A herpes e você são best friend já, sabe disso né? — fiz cara de nojo — Já é a quinta menina que

você beija Alex, eca.

— É carnaval, estraga prazeres — passou os dedos em volta dos lábios o limpando — Deveria fazer o

mesmo, ta chata pra caralho falando toda hora — rolei os olhos.

Gabriel e Victor tinham sumido, só estava eu, Diego e Alex. Eu estava começando a ficar alegre já, de

bom mesmo ali só estava Diego que mal bebeu. Começou a tocar um funk e eu não podia deixar essa

oportunidade de rebolar a tabaca, né?

Alex dançava junto comigo e eu morria de rir, ri mais ainda quando ele sarrou no Diego e o mesmo o

empurrou, quase foi de cara no chão. Além de chato, arrogante, implicante ainda tinha masculinadade

frágil. Era uma pena tantos defeitos para quem tinha um rostinho bem bonito.

— Olha, Diego, se eu caio aqui — apontou para o chão — Você ia conhecer o meu lado mais obscuro

— serrou os olhos.

O que a bebida não faz não é?

— Que mednho, nossa — levantou os braços como se estivesse se rendendo e eu morri de rir. Content (C) Nôv/elDra/ma.Org.

Esses garotos eram demais. Estava dançando quando um menino puxou meu cabelo, eu soltei um

gemido de dor e na mesma hora meu sangue ferveu. Eu odiava pessoas abusadas e odiava ainda

mais que puxassem no meu cabelo dessa forma. Diego me colocou pra trás dele e Alex empurrou o

cara e na mesma hora seus amigos o vieram defender dizendo que foi sem querer porque ele estava

bêbado. Fala sério né!?

Se não sabe beber, não bebe. É simples.

— Você tá bem? — perguntaram e eu assenti.

Já me aconteceu várias vezes isso em blocos de carnaval e Lya sempre queria meter a porrada em

todo mundo, eu não deixava era óbvio, era capaz de eu e ela entrar na porrada num piscar de olhos.

Lya era louca.

Apesar de ter ficado puta não ia deixar que isso estragasse meu carna. No trio elétrico começou a

tocar um funk que eu não conheci direito mas comecei a rebolar na mesma hora. Estava chamando

atenção de algumas pessoas mas não estava nem aí, eu queria era dançar. Diego estava olhando de

canto, como estivesse olhando discretamente mas ele tinha falhado na missão.

Tosco.

— Limpa a baba, amore — mandei um beijo no ar e beberiquei minha cerveja.

— Você se acha né, garota? — bufou.

— Não me acho, eu sou — dei um beijo no meu ombro — é diferente, bebê.

Eu como uma pessoa que adora provocar comecei a rebolar mais. Quem tem controle é televisão.

Os meninos chegaram tri bêbados, será que se pode dizer assim e trouxeram duas meninas com eles

e elas eram bastante legais. Por que não trazer uns macho? Que saco.

— Prazer — cumprimentei uma das meninas que estavam com eles.

O nome dela era Thalia, muito bonita, tinha cabelo curto na altura do ombro, era um pouco alta,

aparentava ter mais ou menos um metro e sessenta e ela tinha um sorriso muito bonito. A outra

menina que estava empoleirada no pescoço de Victor se chama Kethelyn mas a chamavam de Kat.

— Pra que xvideos se temos eles quase se comendo ao vivo na nossa frente — deram o dedo médio

e nós rimos.

— Um pingo de dignidade — Alex balançou a cabeça negativamente dando um gole na sua cerveja.

— Olha quem quer falar — Diego disse rindo e eu gargalhei alto — Beijou não sei quantas meninas e

agora quer vir com essa de dignidade.

— Vou ignorar seu comentário pois sei que é pura inveja da minha beleza e da minha pessoa ser

completamente irresistível — beijou o ombro.

— Engraçado que a gente avisa e ele não cansa de passar vergonha, né? — Gabriel disse rindo.

— Relaxa Alex que no natal eu te do um óculos com muito grau pra você se enxergar — me deu o

dedo médio e eu mandei um beijo.

Fiquei dançando com a Thalia, ela era muito gente e boa e enquanto nós dançávamos ela me contou

a vida dela quase toda. Ela tinha acabado de sair de um relacionamento abusivo, durou três anos e

era um término recente. Apesar de não gostar de falar sobre mim e do Gael porque é uma história que

eu tento deixar mais no passado possível, eu me senti confortável pra falar disso com a mesma, já que

nossa história era quase parecida.

— Viva a morte dos machos escrotos — brindamos rindo.

Os meninos estavam dançando marchinha de carnaval e eu me acabava de rir. Como eles eram

idiotas.

Dancei de tudo com eles, o que eu mais gostava é que eles não tinha masculinidade frágil e se

tivessem que rebolar, eles rebolavam. Se tivesse que sambar, também sambavam.

— Danço mil vezes melhor que você, Manuela — dei um tapa no braço de Gabriel e eu e Thalia rimos.

— Qualquer pessoa dança melhor que ela — Diego disse e rolei os olhos.

Tinha a resposta na ponta da língua mas optei por ficar quieta, não ia ficar batendo palma pra maluco

dançar.

— Começou os cansativos — Gabriel bufou.

Já era noite, as ruas estavam bem mais cheias do que mais cedo e a cada minuto que passava ficava

melhor. Victor já tinha sumido com Katy, deveria ter se enfiado em algum beco por ai, não me

surpreenderia vindo dele sóbrio e muito menos bêbado. Ficamos bebendo e zoando até umas duas,

estávamos mais que ruim, só o pó da rabiola.

Antes de ir embora peguei o número das meninas pra qualquer coisa nós nos encontrarmos de novo

já que elas moravam aqui em Angra dos Reis mesmo. Chamamos o táxi e em menos de dez minutos

o mesmo chegou.

Nada mal para um primeiro dia de carnaval.

Eu só queria chegar no hotel e ir dormir.


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