Capítulo 8
Capítulo 8
Adonis, aquele homem.:. que medo, ele está olhando para mim.
Morgana tremia atrás de mim, se escondendo atrás de Adonis.
Olhei para trás e suspirei aliviada, o louco não estava olhando para mim, mas para Morgana.
Ele a encarava com raiva, mas não disse uma palavra.
“Ele se chama Robson, é do orfanato aqui perto, já roubou um pão de queijo uma vez, mas eu peguei ele, não deve ser má pessoa” – um policial falou em sua defesa. C0ntent © 2024 (N/ô)velDrama.Org.
Balancei freneticamente a cabeça: “Não, ele é um cara mau, ele é um assassino!”
O policial soltou Robson.
Robson se levantou do chão, desajeitado, com as pernas muito compridas para suas calças, que não cobriam os tornozelos.
Notei marcas chocantes em suas canelas, como cicatrizes de queimaduras de choque elétrico.
Apesar do medo, o segui.
Ele se aproximou de Morgana, com uma voz rouca.
Aquela voz destroçada…
“É Você…”
Morgana o encarava, tremendo.
Eu também fiquei chocada. Robson sabia que Morgana me atraiu para lá?
“Senhor Tavares, se tiver qualquer notícia sobre a Luna, por favor, entre em contato conosco o mais rápido possível, desculpe incomodar a essa hora” – disse o policial líder, chamado Benito Gomes, fornecendo seu número.
Adonis resmungou, pegou o cartão e saiu com Morgana.
Vendo Adonis se afastar, Benito falou: “Investiga esse Adonis e a Morgana, a relação dele com a Luna não é tão simples.”
“Benito? Como você percebeu?”
“Você saberia se sua irmã tem uma pinta nos seios ou uma marca de nascença na genitália?”
“Isso é doentio…” – um policial mais jovem abriu a boca chocado: “Ele… ele parece tão normal.”
“Então investiga!”
Não voltei com Adonis, não queria mais vê–lo nem Morgana.
Segui Robson, que mancava para longe, procurando meu corpo.
Ele arrastava a perna ferida até um orfanato abandonado e subiu ágil.
O segui, respirando ofegante.
Era ali.
Onde eu tinha morrido pela última vez!
Foi ele que me trouxe até aqui, e depois me matou.
Este era o verdadeiro local do primeiro crime da série de assassinatos.
Segui Robson de perto, procurando por meu corpo.
Mas ele não foi para o lugar onde cometia os assassinatos, e sim para um dormitório abandonado, se encolhendo num canto.
O quarto estava desarrumado, cheio de tranqueiras.
Mas dava para ver que ele vivia ali.
Era um orfanato abandonado, andei por lá bastante tempo e não encontrei a adega onde ele cometia os assassinatos e onde morri.
Não é à toa que a polícia não encontrou nada.
“Bang!” – O portão de ferro do orfanato foi aberto com força por um carro.
Robson saiu cauteloso, encarando os intrusos.
Fiquei surpresa ao ver quem saía do carro, era Adonis.
Morgana também estava ali, tremendo.
“Foi ele, não sei se é um assassino, mas quem me seguia esses dias era ele.”
Morgana não tinha entregado Robson para a polícia, mas contou para Adonis.
Adonis não chamou a polícia, mas trouxe pessoas para alertá–lo.
Robson tentou escapar, mas os amigos de Adonis o cercaram e começaram a bater nele com paus.
“Um mendigo, também querendo a Senhora Morgana?”
“Ei, ele que desprezou a Luna? Um mendigo e ainda por cima escolhido.”
Robson se encolheu no chão, protegendo a cabeça, claramente habituado a apanhar.
Adonis se agachou diante de Robson e mostrou uma foto minha: “Você já viu essa mulher?”
Naquele momento, me questionei se ele também suspeitava… de que eu já estava morta.