Minha Morte!Sua Loucura!

Capítulo 3



Capítulo 3

Naquele dia, eu desmaiei de dor, viva. © NôvelDrama.Org - All rights reserved.

Seis dias antes do incidente, quando acordei, já estava de manhã.-

Depois da chuva, o sol brilhava forte. Eu me esforcei para levantar do chão, já com o sangue entre minhas pernas seco.

“Adonis, estou com tanto medo, não sei o que fazer, não sei.”

Na sala, era a Morgana quem chorava, tremendo sem parar, dizendo que tinha um assassino atrás dela.

Ela tinha muito medo pela vida.

“Adonis, a gente viu as câmeras, a Sra. Morgana está realmente sendo seguida. A gente deve chamar a polícia?”

“Não… Adonis, não chama a polícia, esse assassino é cruel, só escolhe mulheres jovens, a polícia já achou seis corpos e ainda não conseguiu pegar ele, se a gente provocar…”

Morgana balançou a cabeça, dominada pelo medo, não querendo chamar a polícia.

“Morgana, não precisa ter medo” – O Adonis a abraçou, consolando ela com delicadeza.

Ele sabia ser gentil, mas nunca tinha me dado nem um pouco dessa gentileza.

Eu fiquei ali, meio sem graça e tensa, sem saber se ficava ou se saía.

“Sra. Morgana, ontem, quando passou pela Ruela Flare, que roupa estava usando?” – perguntou o Rafael Goulart, um grande amigo do Adonis.

“Um vestido vermelho” – Morgana respondeu e me lançou um olhar: “Luna…”

Eu não disse nada, desviei o olhar, com as pernas tremendo, fui para cozinha tentar achar alguma coisa para comer.

“Adonis, eu tenho um plano para atrair o assassino e pegar ele antes de chamar a polícia, para evitar que ele se vingue da Sra. Morgana. Seria mais seguro” – Rafael olhou para o Adonis.

Adonis franzia a testa: “Que ideia absurda, você mandaria sua namorada fazer isso?”

O olhar da Morgana voltou para mim, a voz baixinha: “Luna, você está pálida, está bem?”

“Para quê se importar com ela? Ela quase te matou e você ainda se preocupa com ela” – Adonis abraçou a Morgana com mais força, mostrando irritação.

Minha mão, segurando a água quente, ficou paralisada, e a dor no peito se espalhou por todo o corpo. “Deixa ela ir! É o que ela merece! Ela quase matou a Sra. Morgana, agora tem que pagar!”

“Isso aí! Deixa a Luna ir, ela e a Sra. Morgana são parecidas, que vá!”

Eu olhei para o Adonis, apavorada, esperando ouvir ele dizer que não.

Ele sabia que eu tinha medo do escuro, como podia me mandar ir para um lugar tão deserto no meio da noite?

Adonis hesitou, depo olhou friamente e finalmente falou: “Você está devendo para Morgana, tem

que pagar.”

Aquelas palavras me jogaram num abismo sem fim.

Meus dedos ficaram dormentes, e a xícara cheia de água quente escapou das minhas mãos, derramando na minha pele.

A água fervente não parecia queimar, como se eu tivesse perdido a sensibilidade.

Dez anos, passei dez anos tentando aquecer o coração desse homem.

E a Morgana, ela conseguiu tão fácil.

“Eu não vou…” – Eu recusei, não podia brincar com a minha própria vida.

“Adonis, não force a Luna…” – Morgana tinha os olhos vermelhos: “Luna não me empurrou escada abaixo de propósito.”

“Não fale por ela!” – Adonis de repente se enfureceu.

Até Morgana se assustou.

Ele se levantou e veio em minha direção.

Eu sacudi a cabeça, com medo: “Adonis, eu não vou!”

“A escolha não é sua!” – Adonis estava determinado a me obrigar a ir.

“Nosso pessoal estará observando, não deixaremos você morrer” – Adonis parecia estar me assegurando. Abaixei a cabeça, com lágrimas queimando meus olhos.

“Quando você acertar suas contas com Morgana, considerarei que você mudou para melhor e não perseguirei mais“, disse ele em voz baixa, como se estivesse me fazendo uma promessa tentadora.

No entanto, eu realmente acreditei nele: “Você vai mesmo… garantir minha segurança?”

“Claro“, respondeu Adonis, visivelmente impaciente.

“Adonis, eu não devo nada a Morgana. Depois que pegarmos o culpado, você pode me prometer algo?” – perguntei a Adonis, com desespero.

Não se tratava de eu estar tentando tirar vantagem dele, eu tinha algo importante para lhe dizer.

“Não exagere“, disse Adonis, sua expressão mudando imediatamente.

Abaixei a cabeça, sem dizer mais nada.

Vivendo na Família Tavares, eu já estava sob a dependência deles, eu o amava, mas também o temia.

“Tudo bem… Eu vou“, eu concordei: “Vou considerar isso como um pagamento pela vez que você me salvou.”

Eu entreguei a minha vida nas mãos de Adonis.

Depois que tudo isso acabasse, eu me proporia a terminar nosso noivado para dar–lhe liberdade, eu iria para o exterior e deixaria a Família Tavares para sempre…


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