Eu! Matei a Vilã Secundária! Secundária!

Capítulo 19



Capítulo 19

Capítulo 19

Cinco anos atrás, Inès ficava tensa só de estar perto de Noe, andando com cautela como se pisasse em ovos. Mas agora, após cinco anos, tudo havia mudado. As circunstâncias eram outras, as pessoas haviam mudado. No seu coração, só restava um vazio entorpecente.

A medida que o elevador subia lentamente, Noe observava o perfil de Inês. Ele tinha um rosto impressionantemente marcante, que, ao se voltar para ela, transmitia umal intensidade em seu olhar.

Se isso tivesse acontecido cinco anos atrás, ele nunca teria mostrado tal expressão, preferindo que Inès ficasse o mais longe possível dele. Melhor ainda, que ela

desaparecesse de sua vida para sempre.

Agora, no entanto, ele a encarava com um ardor que lembrava um predador focandol sua presa, deixando Inés com a sensação de estar sem saída.

Quando o elevador se abriu com um “ding” – Inês saiu na frente. Noe observou sua silhueta por um instante antes de seguir seus passos, em silêncio. Ao chegarem à porta da suite V2, Inés parou.

Noe a olhou com um sorriso e perguntou: “Não vai entrar?”

Inês respirou fundo e empurrou a grande porta da suite.

Ao entrar, foi como se ouvisse um sussurro ao seu redor, enquanto o aroma de álcool e fumaça a atingia em cheio. Apesar de não gostar, manteve a compostura, apenas franzindo a testa discretamente.

Em seguida, ouviu alguém exclamar do sofá: “Olha só que gata! Quem trouxe essa maravilha aqui?*

Noe, logo atrás dela, riu e piscou: “Ei, Elói Kairós, se interessou?”

Quando inės olhou para frente, viu também Silvano entre o grupo no sofá, rodeado por mulheres em trajes sumários, criando um ambiente de puro esplendor.

Ela ficou all, sentindo–se completamente deslocada.

Elói serviu um drink e ofereceu a Inês: “Foi o Noe que te trouxe? Oi, gata, aceita uma bebida?”

“Olha lá, Elói, não faça besteira.”

Capitulo 19

Silvano o repreendeu em voz baixa, mas o homem, claramente alcoolizado, ignorou e sentou–se ao lado de Inês, depois olhou para Noc: “Cara, você é demais! Como sabia que ela era meu tipo?”

O olhar de Noe estava carregado e insondável, mas ele permaneceu em silêncio enquanto Elói seguia bebendo e até ofereceu um pedaço de doce para Inês, que a princípio hesitou, mas acabou aceitando. Ao redor, o grupo se divertia e ria.

“Elói realmente não tem vergonha! Foi lá e alimentou ela na boca!”

“Ela aceitou, viu! Elói, parece que você vai se dar bem hoje!”

Elói riu, trazendo Inês para mais perto, recostando a cabeça no ombro dela: “E então, gata, topa jogar alguma coisa?”

Noe observava de canto, apertando a taça de vinho inconscientemente, enquanto Silvano cochichava ao lado: “Noe, quer que eu converse com o Elói?”

“Deixa como está.”

A voz de Noe era gélida, sem traços de emoção.

Era apenas uma mulher… Por que… Por que ele se preocupava tanto?

Inês sorriu para Elói: “Então, você é o homem que quer fechar negócio com o Noe?”

“Ah, linda, estamos aqui para nos divertir, esquece de negócios.”

Elói fez uma careta e olhou para Noe: “Você falou algo para ela? Só quer falar de negócios, que chato.”

Parecia que era ele, sem dúvida.

Inês levantou uma taça: “Desculpa a demora, vou beber essa aqui como castigo. Vamos jogar algo! Por favor, sejam gentis comigo, certo?”

Elói soltou uma risada ao ouvir isso e a convidou para sentar ao seu lado: “Que gracinha você é, viu?”

Inés se ajeitou ao lado dele e retribuiu com um sorriso, seus lábios reluzindo sob o efeito do álcool: “É mesmo? Acho o Senhor Kairós um charme também.”

Elói era um nome que Inês recordava bem. Antes de enfrentar problemas com a lei, cinco anos antes, quando ainda era vista como uma herdeira de destaque na alta sociedade, ela frequentemente ouvia falar desse famoso playboy, altamente desejado nos círculos mais fechados.

Capitulo 19

Comentava–se que ele vinha de uma cidade próxima, possuindo uma riqueza tão imensa que muitos na cidade ansiavam por sua amizade.

Noe observava Inês interagindo e sorrindo para outros, exibindo um brilho radiante no rosto, e de súbito, foi tomado por uma ira indescritível.

Sua ideia original de trazê–la para o encontro era fazê–la passar por uma situação constrangedora, mas, contra todas as expectativas, foi ele quem se sentiu perturbado primeiro.

Silvano, atento e preocupado, observava: “Noe… está tudo bem com você?”

Afinal, ver a própria ex–esposa se divertindo com outro homem não era algo que deixasse qualquer vestígio de indiferença.

Mas Noe cerrava os dentes, seus olhos, agudos e gélidos, fixos em Inês, expressou com desdém: “Não me importo, que ela faça o que bem entender.”

Afinal, desde que ela conseguisse lidar com Elói, que diferença fazia uma simples bebida juntos? Mesmo que ela terminasse na cama com Elói…

Esse pensamento tumultuado foi interrompido pelo alvoroço ao redor, e ao erguer o olhar, presenciou o instante em que os lábios de Elói e Inês se separaram. Um vendaval de raiva e violência atravessaram seu olhar.

Alguém ao lado começou a aplaudir: “Ela fez o que prometeu! Minha admiração! Eu pago a conta dessa rodada!”

“Quem perde paga, quem ganha continua! Essa coragem me encanta!”

“E então, partimos para outra rodada?”

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Vendo a expressão de Noe, repleta de um ódio mortal poderia assustar qualquer um, Silvano apressou–se em interceder, exclamando para o grupo: “O que está acontecendo aqui?”


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