Eu! Matei a Vilã Secundária! Secundária!

Capítulo 14



Capítulo 14

apítulo 14

Inês se aproximou de Noe com uma voz suave e um sussurro, rindo ao pé do ouvido: “Espero que não se arrependa!”

Algo mexeu com o coração de Noe, mas ele não conseguiu segurar aquela sensação, e ela se esvalu tão rapidamente quanto apareceu. Olhando para Inês, ele se viu confuso por um instante.

Por que… o reencontro tinha que ser carregado de tanta tensão e antagonismo?

Cinco anos… tinham consumido todo o amor, restando apenas um ódio fervente que, se despertado, seria assustadoramente impactante.

Ele deveria detestá–la. Ela tinha sido a causa da morte de Acelina, da morte do filho de Acelina, mas por que ela o olhava com os mesmos olhos? Inês, essa criminosa,

como ousa!

A dor em seu peito era avassaladora quando Noe avançou e segurou firme a gola da camisa de Inês: “Mulheres como você, mesmo que eu as mande para a cama de

outro, não me farão piscar.”

“É mesmo?” – Inês deu uma risada: “Eu conheci sua frieza há cinco anos, e agora isso não me atinge mais.”

Ao terminar de falar, ela abriu os olhos e encarou ele com um olhar fatigado e anestesiado.

Quanto mais esse corpo dilacerado aguentaria de amor e ódio? Noe, minha vida já está em pedaços, então que se dane, vamos quebrar tudo de uma vez.

Ele tinha muitos sentimentos ocultos em seu olhar penetrante, sentimentos que Inês não podia nem queria decifrar. Aquelas pupilas a observavam como um predador alfa. Inês sentiu como se já tivesse sido devastada inúmeras vezes sob aquele olhar. Ela saiu com a postura ereta, mesmo com os ombros trêmulos, e fechou a porta atrás de si com força.

As pessoas do lado de fora ergueram os olhos e viram uma mulher deslumbrante, de roupas desalinhadas e olhos marejados, saindo apressadamente do escritório do diretor, deixando um perfume delicado no ar enquanto sua silhueta esbelta se afastava, e todos começaram a murmurar sobre quem ela poderia ser.

“A silhueta me parece tão conhecida…”

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“É, tenho a impressão de que já a vi em algum lugar.”

“Mas saindo desse jeito… será que é a nova paixão do diretor?”

“Pelo jeito, parece que ela acabou de ter um desentendimento com o diretor, não é?”

“Deve ser uma dessas influenciadoras que insistem, pensando que vão se dar bem.”

“Melhor ficar de fora, a verdadeira paixão do Sr. Serpa ainda é a Sra. Diniz.”

Inês entrou rapidamente no elevador, abafando o som das conversas ao fundo. Quando o elevador chegou ao térreo e as portas se abriram, ela viu Silvano com um sorriso acolhedor, abraçando a secretária do diretor.

Inês saudou com educação: “Como vai, Silvano?”

“Já de partida?”

Silvano soltou a secretária e sorriu para Inês: “Como foi o papo?”

“Você pensa que eu vim aqui para trocar figurinhas com Noe?”

A voz de Inês era leve, como se pudesse ser levada pelo vento, e ao sair, Silvano segurou seu pulso por trás.

“O que você está fazendo?”

Inês se virou, só para ver Silvano saindo do elevador, deixando a secretária boquiaberta para trás, e antes que as portas se fechassem, ele piscou para ela com um sorriso radiante: “Até mais, querida. Tchau!”

Logo após se despedir, Silvano se virou para Inês e disse: “Mudei de ideia, eu deveria ter conversado com Noe, mas agora prefiro falar diretamente com você.”


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